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Filarmônica de Minas Gerais se apresenta com o violinista e maestro pinchas Zukerman, um dos artistas de maior destaque no cenário internacional

Nos dias 29 e 30 de agosto, às 20h30, na Sala Minas Gerais, um dos grandes nomes da música erudita internacional, Pinchas Zukerman, retorna a Belo Horizonte para nova apresentação com a Filarmônica de Minas Gerais como solista e regente convidado. Zukerman interpreta o Concerto para violino em Ré maior, op. 61, de Beethoven, e a alegre Sinfonia nº 8 em Sol maior, op. 88, de Dvorák. Também de Dvorák, a Orquestra abre o programa com a obra Bosques Silenciosos, que será interpretada pela violoncelista Amanda Forsyth. No dia 29 de agosto também será lançada a campanha “Amigos da Filarmônica” 2020, programa de doação de pessoas físicas. As doações podem ser diretas ou com dedução no Imposto de Renda. Os recursos doados pelos Amigos são direcionados para o Programa Educacional da Filarmônica, composto pelas séries Concertos para a Juventude e Concertos Didáticos, o Laboratório de Regência e o Festival Tinta Fresca.

Antes das apresentações, entre 19h30 e 20h, o público poderá assistir aos Concertos Comentados. O palestrante desta semana é o violinista da Orquestra, Rodrigo Bustamante. As palestras são gravadas em áudio e ficam disponíveis no site da Orquestra.

Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cidadania, Governo de Minas Gerais e Itaú e contam com o Patrocínio da ArcelorMittal e o apoio cultural da Companhia Energética Chapecó e BMPI por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Repertório

Sobre Bosques Silenciosos

Antonín Dvorák (Nelahozeves, República Tcheca, 1841 – Praga, República Tcheca,1904) e Bosques Silenciosos (1893)

Antes de se mudar para os Estados Unidos para se tornar diretor do Conservatório Nacional de Música da América, em Nova York, Antonín Dvorák compôs Bosques Silenciosos. Em tcheco, o título Klid pode ser traduzido como “silêncio” ou “tranquilidade”. Na peça, a melodia suave e macia do violoncelo evoca sua terra natal, para onde retornou apenas cinco anos depois. Se, na música, o compositor dedicou boa parte de sua vida à mistura da música tradicional tcheca às linguagens consagradas na Europa, em sua vida não seria diferente. Em casa, com sua família, falando seu idioma, era onde estava mais feliz.

Sobre o Concerto para violino de Beethoven

Ludwing van Beethoven (Bonn, Alemanha, 1770 – Viena, Áustria, 1827) e Concerto para violino em Ré maior, op. 61 (1806)

Beethoven escreveu o seu Concerto para violino a pedido do violinista Franz Clement. Menino prodígio, Clement há muito já circulava pela Europa na companhia de seu pai. Sua extraordinária memória o ajudou em seu primeiro contato com a obra, em dezembro de 1806. O relato contido no livro “Life of Beethoven”, de Alexander Wheelock Thayer, informa que um contemporâneo observou “que Clement fez um solo ‘a vista’, ou seja, sem ensaio prévio”. Ainda que o relato seja dotado de um certo exagero, trata-se de uma ação com extraordinária dificuldade. O concerto foi inovador em sua concepção, pois confere ao solista e à orquestra papéis equivalentes. Os atributos virtuosísticos do violino são usados para iluminar a expressividade do discurso orquestral.

Sobre a Oitava Sinfonia de Dvorák

Antonín Dvorák (Nelahozeves, República Tcheca, 1841 – Praga, República Tcheca,1904) e a Sinfonia nº 8 em Sol maior, op. 88 (1889)

Na década de 1880, Antonín Dvorák se tornava conhecido em toda a Europa. Em meados do ano de 1889, o maestro Vasily Safonov, diretor do Conservatório de Moscou, convidou-o para reger obras suas na Rússia. Seria a primeira ida de Dvorák à terra de Tchaikovsky, compositor que ele tivera a oportunidade de conhecer em Praga, quando o russo apresentou sua Quinta Sinfonia. Naquela vez, em que Tchaikovsky conduziu também a ópera Eugene Onegin, o colorido e a originalidade da música de Tchaikovsky deixaram forte impressão em Dvorák. Ele tinha agora a oportunidade de apresentar sua música ao público russo, um público já bastante habituado à música de Tchaikovsky. Pensando em quais obras suas seriam mais interessantes para essa estreia na Rússia, Dvorák pretendeu compor uma nova sinfonia especialmente para a ocasião. Criou então a Sinfonia em Sol maior que, no entanto, desistiu de apresentar em Moscou naquela temporada, optando por outras obras. A Oitava Sinfonia foi então estreada com muito sucesso em Praga, sob a regência do autor, em fevereiro de 1890. A Sinfonia nº 8, em quatro movimentos, foi inspirada nas fontes da tradição popular boêmia, na esteira do nacionalismo dominante na segunda metade do século XIX, de que Dvorák é um dos mais importantes representantes.

Pinchas Zukerman, regente convidado e violino

Pinchas Zukerman é, e vem sendo por cinco décadas, um fenômeno no mundo da música. Seu gênio musical, técnica prodigiosa e padrões artísticos sólidos são admirados por público e crítica. Devotado à próxima geração de músicos, ele inspirou artistas mais jovens com seu magnetismo e paixão. Seu entusiasmo pelo ensino resultou em programas inovadores em Londres, Nova York, China, Israel e Ottawa. Seu nome é igualmente respeitado como violinista, violista, maestro, pedagogo e músico de câmara. Nascido em Tel Aviv em 1948, Pinchas Zukerman foi para os Estados Unidos em 1962, onde estudou na Juilliard School com Ivan Galamian. Foi premiado com a Medalha de Artes, o Prêmio Isaac Stern para Excelência Artística e nomeado o primeiro mentor instrumentista do programa Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative na disciplina de música. Sua extensa discografia contém mais de cem títulos, contando com dois prêmios Grammy e 21 indicações. Entre os lançamentos mais recentes estão a Sinfonia nº 4 e o Concerto Duplo, obras de Brahms, em parceria com a Orquestra do Centro Nacional de Artes e a violoncelista Amanda Forsyth, gravadas em performances ao vivo no Southam Hall em Ottawa com a Orquestra Filarmônica Real.

Amanda Forsyth, violoncelo

Amanda Forsyth, vencedora do Prêmio Juno, é considerada uma das mais dinâmicas violoncelistas da América do Norte. Possui reputação internacional como solista e camerista. De 1999 a 2015 atuou como Violoncelo Principal da Orquestra do Centro Nacional de Artes do Canadá. Realizou turnês com as filarmônicas Real e de Israel, além de ter atuado com as orquestras da Rádio da França, Gulbenkian de Lisboa, de Câmara Inglesa, Maggio Musicale, entre outras. Nos Estados Unidos, tocou com as sinfônicas de San Diego, Dallas, Colorado, Oregon e Grand Rapids. Em junho de 2012, apresentou-se com a Orquestra do Teatro Mariinsky em São Petersburgo, sob a batuta de Valery Gergiev. Em 2014, estreou no Carnegie Hall com a Filarmônica de Israel. Como membro fundadora do grupo Zukerman Chamber Players, Amanda visitou diversos países da Europa, Ásia, Oceania e Oriente Médio. O conjunto foi celebrado também em uma série em Nova York, além de ter realizado diversas turnês pela América do Sul. Já gravou pelos selos Sony Classics, Naxos, Altara, Fanfare, Marquis, Pro Arte e CBC. Em 2007, Amanda Forsyth também foi destaque na trilha sonora de Wynton Marsalis para The War, documentário sobre a II Guerra Mundial, de Ken Burns, para a PBS. Seu álbum Quinteto “A Truta” de Schubert com o Zukerman Chamber Players e Yefim Bronfman foi lançado pela Sony em 2008. Recentemente, uma gravação do Concerto Duplo de Brahms, com Pinchas Zukerman e a Orquestra do Centro Nacional de Artes, foi lançada pela Analekta Records.

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Criada em 2008, desde então a Filarmônica de Minas Gerais se apresenta regularmente em Belo Horizonte. Em sua sede, a Sala Minas Gerais, realiza 57 concertos de assinatura e 12 projetos especiais. Apresentações em locais abertos acontecem nas turnês estaduais e nas praças da região metropolitana da capital. Em viagens para fora do estado, a Filarmônica leva o nome de Minas ao circuito da música sinfônica. Através do seu site, oferece ao público diversos conteúdos gratuitos sobre o universo orquestral. O impacto desse projeto artístico, não só no meio cultural, mas também no comércio e na prestação de serviços, gera em torno de 5 mil oportunidades de trabalho direto e indireto a cada ano. Sob a direção artística e regência titular do maestro Fabio Mechetti, a Orquestra conta, atualmente, com 90 músicos provenientes de todo o Brasil, Europa, Ásia, Américas do Sul e do Norte e Oceania, selecionados por um rigoroso processo de audição. Reconhecida com diversos prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, ao encerrar seus 10 primeiros anos de história, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais recebeu a principal condecoração pública nacional da área da cultura. Trata-se da Ordem do Mérito Cultural 2018, concedida pelo Ministério da Cultura, a partir de indicações de diversos setores, a realizadores de trabalhos culturais importantes nas áreas de inclusão social, artes, audiovisual e educação. A Orquestra foi agraciada, ainda, com a Ordem de Rio Branco, insígnia diplomática brasileira cujo objetivo é distinguir aqueles cujas ações contribuam para o engrandecimento do país.

O corpo artístico Orquestra Filarmônica de Minas Gerais é oriundo de política pública formulada pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Com a finalidade de criar a nova orquestra para o Estado, o Governo optou pela execução dessa política por meio de parceria com o Instituto Cultural Filarmônica, uma entidade privada sem fins lucrativos qualificada com os títulos de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e de Organização Social (OS), um modelo de gestão flexível e dinâmico, baseado no acompanhamento e avaliação de resultados.

Foto: Matt Dine

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