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Elisa de Sena anuncia show de lançamento do seu primeiro álbum solo "CURA"

Após lançar “CURA”, seu primeiro álbum solo, nas principais plataformas digitais, a cantora mineira Elisa de Sena promove no próximo dia 08 de setembro, no Teatro Francisco Nunes, o primeiro show de lançamento do disco. O evento será gratuito e irá conferir ao público a oportunidade de assistir ao vivo e em primeira mão, o trabalho abastecido por poesias e inspirações que vão da percussão afro-mineira à música eletrônica. Para tornar a noite ainda mais memorável, o Coletivo Negras Autoras, as cantoras Maíra Baldaia, Josi Lopes e os músicos Johnny Herno e Hadassa Amaral fazem participações especiais durante o show.

A construção de uma carreira amplamente marcada pela autoralidade e pela ocupação do seu devido lugar de fala se mostram presentes não apenas nas músicas já lançadas pela cantora e compositora Elisa de Sena, mas também nas suas experiências e ações cotidianas. Nascida e criada no bairro Goiânia, região nordeste da capital, a mineira teve contato desde cedo com a arte em suas múltiplas formas de manifestação político-social e esse contato foi influenciando positivamente a sua formação como mulher e, também, como artista.

A possibilidade de trabalhar profissionalmente com música e o contato com o teatro vieram a partir de sua participação em diversos projetos sociais. O gosto pelas artes se desenvolveu acompanhando de perto manifestações de grupos dedicados essencialmente à cultura negra. Em 2015, se engajou na fundação do Coletivo Negras Autoras, movimento que alcançou bastante expressividade ao levar para o palco o percurso e posicionamento da mulher negra ativista na sociedade. Toda essa bagagem se reverberou no processo criativo e no resultado final de “CURA” (Natura Musical), primeiro álbum solo da cantora que já está disponível nas principais plataformas digitais.

A produção musical do álbum é assinada pela múltipla DJ Black Josie, porém o processo de criação do disco se estruturou de uma maneira completamente coletiva. Todos os músicos são, também, arranjadores, o que possibilitou que juntos - voz, produção e instrumentos, construíssem coletivamente as canções. Elisa gosta de destacar que embora “CURA” seja um álbum solo, a preocupação com o resultado e com a experiência de quem ouve o CD sobressai a intenção de dar destaque à voz. “É importante, pra mim, construir uma música que chegue como um todo nas pessoas. Neste trabalho, por exemplo, minha voz não está muito mais alta que os instrumentos, o que é bastante comum em CDs de artistas solo. Minha intenção é colocar a voz dentro dessa massa sonora, dando importância a todos os elementos que formam a música e não apenas a minha performance”, conta a cantora. 

O feminino e a negritude são temas que transparecem no trabalho de Elisa de forma muito natural, uma vez que tais características ditam sua forma de se ver e ser percebida no mundo. O incômodo sobre como historicamente as questões ligadas às mulheres e a comunidade negra eram, em sua maioria, contados por homens brancos, moveu a cantautora a incentivar mulheres negras a contarem suas próprias histórias. E esse envolvimento fez com que Elisa também se tornasse uma contadora de histórias por meio de suas canções. 

As vivências da cantora ao longo de sua trajetória nem sempre são transportadas de forma literal para as músicas e performances, a criadora enfatiza que se sente muito livre para escrever sobre o que quiser, transitando com maestria por diversos campos. Naturalmente, todas suas composições partem da sua experiência como mulher, negra e mãe. Enxergando seu trabalho solo como fruto de todos os anos de vivência coletiva, onde passou por grupos como Berimbrown, Tambor Mineiro, Dingoma, Programa Lugar de Mulher, entre outros, “CURA” nasce, também, da vontade de se transformar, “esse disco chega quando eu completo 37 anos. Foram anos de maturação, ele é meu ritual de iniciação e é, também, um instrumento de retorno à minha essência, à minha melhora. Espero que reverbere e ressoe cura nas pessoas também!”.

O projeto foi selecionado pelo Natura Musical por meio do edital 2018, com o apoio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. “Acreditamos na força do Natura Musical para conectar pessoas, valorizar a criatividade brasileira e revelar a diversidade de cada região do país”, diz Fernanda Paiva, gerente de Marketing Institucional da Natura. “O programa já circulou por 20 Estados, apostando em talentos locais. Em Minas Gerais, por exemplo, o edital já ofereceu recursos para 122 projetos da música, como Juliana Perdigão, Fernanda Takai, Graveola, Beto Guedes, Flavio Venturini e Gilvan Oliveira e, agora, Elisa de Sena”, complementa.

 

Foto: Paulo Abreu 

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