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Cerimônia foi marcada pela celebração de dez anos da produtora, hoje reconhecida mundialmente, na sequência, pré-estreia nacional de "A Vida Invisível", filme de Karim Aïnouz que representa o Brasil na corrida do Oscar 2020

Numa cerimônia de abertura cheia de emoção e novidades, a 13ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte começou na noite de terça-feira, num Cine Theatro Brasil Vallourec com todas as cadeiras ocupadas. O evento, que segue até o dia 22, teve este seu primeiro momento marcado pela homenagem à produtora mineira Filmes de Plástico, que completou uma década de atuação, e pelo anúncio da parceira com a RT Features no novo projeto "Vicentino pede desculpas".

A temática da 13a CineBH, "A internacionalização do cinema brasileiro e os desafios para o futuro" foi apresentada em um vídeo que mobilizou a plateia. Imagens de acontecimentos no Brasil e no mundo alternaram com notícias sobre o status do cinema brasileiro no país e no exterior, destacando iniciativas do atual governo para minimizar as políticas públicas voltadas para a cultura e, em especial, para o audiovisual, mostrando esse paradoxo. A plateia aplaudiu por longos minutos, demonstrando seu apoio ao cinema brasileiro.

Os quatro integrantes da Filmes de Plástico – Thiago Macêdo Correia, André Novais Oliveira, Maurílio Martins e Gabriel Martins – receberam o Troféu Horizonte das mãos de Norberto Novais de Oliveira, pai de André e ator em vários filmes da produtora, como “Ela Volta na Quinta” e “Quintal” – títulos que serão exibidos ao longo da Mostra.

Emocionado, Norberto de Oliveira, ao entregar o troféu para seu filho e companhia, dedicou a homenagem à memória da esposa. "Ela estaria muito orgulhosa e feliz neste momento. Sinto como se ela estivesse aqui conosco. Mais que amigos, esses rapazes se tornaram uma verdadeira família. E isso é essencial."

Maurílio Martins ressalta a importância de receber esta homenagem no palco do Cine Teatro Brasil Vallourec. "Comecei a frequentar este cinema aos doze anos de idade. Era o ingresso mais barato de Belo Horizonte e por isso, era o cinema mais, acessível, mais democrático. É muito significativo receber essa homenagem num espaço como este".

A celebração à Filmes de Plástico foi marcada por uma performance audiovisual toda pensada em relação às trajetória do grupo. Com direção de Grazi Medrado e Chico de Paula, a apresentação teve as atrizes Rejane Faria e Grace Passô – ambas atuaram em filmes da produtora, como “Temporada” e “No Coração do Mundo” –, o multiartista Robert Frank (também ator em vários trabalhos do quarteto) e a banda Diplomattas, que fez a trilha sonora do último longa dos mineiros.

Conectando diretamente a homenagem ao filme de abertura, Thiago Macêdo anunciou no palco uma coprodução entre a Filmes de Plástico e a RT Features, capitaneada por Rodrigo Teixeira – que estava presente e produziu o filme exibido logo em seguida, o premiado “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz.

Thiago Macêdo Correia, comentou sobre o projeto. "É uma ideia do Gabriel, uma história muito bonita, que estamos desenvolvendo com muito carinho há alguns anos. Essa parceria vai marcar uma nova fase da produtora. Queremos cada vez mais levar essas histórias periféricas para todas as telas."

"É um prazer para nós produzimos um roteiro tão sensível, de um projeto tão especial. O filme será totalmente financiado, não utilizará recursos públicos. Esperamos contribuir para que este e outros filmes da produtora mineira conquistem o mundo", ressaltou Rodrigo Teixeira.

A exibição, em pré-estreia nacional, de “A Vida Invisível” – filme que vai tentar uma indicação ao Oscar em 2020 – contou com a presença de Carol Duarte, Júlia Stockler e Maria Manoella, entre outros atores e atrizes do elenco, que acompanharam o encantamento do público mineiro com a história das irmãs Eurídice (Carol) e Guida (Julia), separadas na juventude, nos anos 1950, por conta de uma gravidez inesperada. Adaptado do livro de Martha Batalha, o filme atravessa décadas e gerações ao seguir a tentativa de ambas em se reencontrarem num Brasil marcado pela opressão, machismo e preconceito.

Foto: Divulgação 

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