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Faop é classificada para a etapa final do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade

Promovido pelo Iphan, o prêmio reconhece iniciativas de preservação do patrimônio cultural em todo país. Nessa 33ª edição, Faop concorre com a ação “Formação de Restauradores em estreita relação com comunidades de Minas”

A fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) está concorrendo, pelo 2º ano consecutivo, ao prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, com a ação intitulada “Formação de Restauradores em estreita relação com comunidades de Minas Gerais”. A instituição foi classificada na etapa estadual e aguarda a definição da etapa conclusiva, de abrangência nacional.

O Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade é um dos mais importantes no segmento do patrimônio cultural. Promovido pelo Iphan, desde 1987, prestigia, em caráter nacional, as ações de preservação do patrimônio cultural brasileiro que, em razão da originalidade, vulto ou caráter exemplar, mereçam registro, divulgação e reconhecimento público.

A premiação é oferecida, anualmente, a empresas, instituições e pessoas de todo o Brasil, e tem destacado, ao longo dos anos, a diversidade e a riqueza do Patrimônio Cultural Brasileiro (Material e Imaterial) em suas manifestações culturais, antigas e modernas curvas da arquitetura nacional ou em grandiosas paisagens arqueológicas e naturais. O nome do Prêmio é uma homenagem ao fundador do Iphan, o advogado, jornalista e escritor Rodrigo Melo Franco de Andrade, nascido em 1898, em Belo Horizonte (MG).

Para o Secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira estar na etapa final do prêmio é o reconhecimento de que a Faop tem cumprido sua missão como instituição pública com foco na preservação do patrimônio cultural brasileiro. “Mais de 60% de todo o patrimônio histórico do Brasil está aqui, no estado. A Faop realiza um trabalho fundamental de formação do profissional restaurador aliado à preservação de acervos comunitários. Desta forma, exerce um importante papel para a preservação do acervo cultural brasileiro, deixando o seu legado para as comunidades e para os alunos, que desde o início da sua formação convivem com a valorização e a diversidade da herança cultural brasileira, atuando efetivamente na preservação de seus bens culturais móveis”, afirma o secretário.

Ação “Formação de Restauradores em estreita relação com comunidades de Minas Gerais”

A ação da Faop concorre na categoria 1: Ações de excelência no campo do Patrimônio Cultural de natureza material, segmento II – Administração direta e indireta municipal. O objetivo da ação é promover a formação de técnicos conservadores-restauradores, articulada com a preservação de acervos comunitários. E também deixar um legado para as comunidades e para os alunos, que desde o início da formação convivem com a valorização e a diversidade da herança cultural brasileira, atuando efetivamente na preservação de seus bens culturais móveis.

Os alunos do Curso Técnico em Conservação e Restauro da FAOP são estimulados a interagir com a comunidade local durante o estágio supervisionado obrigatório, intrínseco às práticas de ateliês. Nesta etapa da formação o aluno realiza atividades em três áreas, papel, escultura policromada e pintura de cavalete. O estágio se encerra mediante a conclusão dos processos de restauro e a entrega dos relatórios finais. Esta estratégia de ensino-aprendizagem propicia aos alunos formação consistente, fortalecendo a segurança para atuação no mercado de trabalho e, às comunidades guardiãs, o tratamento necessário e adequado aos seus acervos, propiciando longevidade à preservação dos bens.

A presidente da Faop, Júlia Mitraud, ressalta a importância desta ação para o processo de formação dos alunos e para as comunidades atendidas. “A ação desenvolvida pela FAOP reforça a sua missão institucional, de formar cidadãos para atuar com excelência na preservação de bens culturais em um trabalho que dialoga com as comunidades guardiãs”, afirma Júlia.

O processo de restauração é gratuito. A comunidade arca somente com os custos relativos a serviços de terceiros tais como transporte, marceneiro ou escultor especializado para estruturação e complementação de suporte.

O acervo permanece na FAOP por 24 meses. Durante esse período, a comunidade é convidada a visitar e acompanhar os pro­cedimentos que estão sendo realizados. Na oportunidade visitam os Ateliês, onde conhecem a estrutura do Curso, compreendendo as diversas etapas dos processos de restauro e os alunos ampliam a perspectiva e o entendimento da profissão e do objeto de estudo.

Etapa Final

O resultado da premiação está previsto para o dia 30 de setembro. O total de ações pré selecionadas em cada estado é de no máximo 12, 6 em cada categoria. A categoria 1 prevê ações de excelência no campo do Patrimônio Cultural de natureza material, enquanto a categoria 2 prevê ações de excelência no campo do Patrimônio Cultural de natureza imaterial.

Serão doze prêmios de 20 mil cada. Os vencedores deverão ter relevância para a identidade, a ação e a memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira e ter como objeto os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, nos quais se incluem as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico e científico.

O julgamento será feito pela Comissão Nacional, composta por 21 membros, entre eles os cinco diretores do Iphan e seu Presidente, que a presidirá e será responsável pela nomeação do restante da Comissão ou em seu impedimento, o Diretor do Departamento de Cooperação e Fomento como seu representante.

Foto: Divulgação Faop

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