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O Batekoo chega ao Memorial Vale no dia 19 de outubro, sábado, às 15 horas, para sacudir um público mais que especial. O movimento, que é ao mesmo tempo uma festa, é feito por negros e para o público negro e periférico. É uma mistura de festa black dos guetos dos Estados Unidos com os bailes funks que acontecem nas periferias de cada cidade brasileira onde o encontro é realizado. Hoje, a Batekoo acontece em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte e já aconteceram edições especiais em Brasília, Goiânia e recôncavo Baiano, além de outras capitais. Todas as pessoas envolvidas na produção da festa são negras e a Batekoo tem como tema o cenário de músicas black, como rap, hip hop, funk carioca, rhythm and blues, trap, urban, kuduro, reggae e demais estilos musicais relacionados com a cultura negra. O evento faz parte do projeto Diversidade Periférica do Memorial Vale. A entrada é gratuita, com retirada de senhas uma hora antes do evento.

“A Batekoo já deixou de ser uma simples festa para ser um movimento que, desde a sua criação, em 2014, vem empoderando jovens periféricos por todo o Brasil, prezando pela criação de um espaço seguro para todas as minorias da sigla LGBT (principalmente pessoas negras) e obtendo repercussão na imprensa nacional e internacional, como vemos nas matérias que saíram no site estadunidense Fusion, na Paper Magazine e no The New York Times. Artistas de destaque participam do Batekoo também, como: Karol Conká, Kanye West, Criolo, Emicida e marcas famosas como Nike, Puma, Absolut, Adidas, Farm e Vogue Brasil contratam a Batekoo para lançamentos”, explica Eliabe, produtor do evento em São Paulo.

“Representando o Brasil, estivemos em uma série da Red Bull TV estadunidense chamada “Inspire The Night”, na qual eles exibem movimentos ao redor do mundo que tenham uma história pra contar e que tenham algum tipo de impacto na vida das pessoas do local”, conta Eliabe.

Eliabe explica ainda que, em São Paulo, além de eventos pontuais, há edições mensais da Batekoo de maneira independente, nas quais são convidados DJs da cidade para compor o line up da festa, além das próprias pessoas da produção, que também são DJs. “Em 2019, recebemos o convite para iniciar nossa internacionalização e tocamos em festivais em Nova York, tais como SummerStage, Brazil Summerfest e Afropunk Brooklyn; em Santiago, tocamos no Red Bull Hasta Abajo, bem como fizemos uma fala no encontro “Luta e resistência na pista de dança” na Universidade de Santiago; em outubro faremos nossa primeira Eurotour com Batekoo e Deize Tigrona e; em dezembro, estaremos no Afropunk Joanesburgo”, anuncia o produtor.

Foto:Lucas Hirai