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Seminário da Estácio convida o público a conhecer projetos que podem mudar a realidade da sociedade

Democratização da leitura; ciência na prática para alunos do ensino público; acesso às leis trabalhistas e barriga solidária integram alguns dos programas pensados para a comunidade

Para apresentar soluções que podem impactar e transformar a realidade de diferentes camadas da sociedade, a Estácio Belo Horizonte realiza um seminário online e aberto ao público, nos dias 03 e 04 de novembro, a partir das 7h30. O evento integra a programação do II SEPESQI – Seminário de Extensão Pesquisa e Internacionalização que, além de reunir mais de 48 mil participantes virtualmente e mais de 1.200 trabalhos científicos, tem a missão de acrescentar o debate de oportunidades e experiências no ambiente da internacionalização.

O tema escolhido para nortear as discussões do II SEPESQI foi “A Pluralidade da Ciência, Tecnologia e Inovação na Conservação do Planeta”, pilares que permitem revisar todas as situações as quais fomos abruptamente submetidos por conta da pandemia, mas que serão produtivamente analisadas, de forma oxigenada, por pesquisadores, professores, alunos e gestores de 25 campi, pertencentes às instituições de ensino superior da Damásio, Estácio e Wyden.

A programação do seminário da Estácio Belo Horizonte reunirá 120 trabalhos de docentes e alunos de graduação e pós-graduação da capital mineira, cujas abordagens têm o propósito de colaborar para a construção da cidadania a partir de questões da atualidade e promover a reflexão e a troca de conhecimentos entre a comunidade acadêmica.

De acordo com a pró-reitora de Pesquisa e Extensão da Estácio Belo Horizonte, Mariana Cavaca, que também é doutora em Educação, o atual cenário estimulou a adaptação do seminário regional para o modelo virtual, o que trouxe benefícios. “Ao migrar para o formato online, conseguimos integrar e nos aproximar do público externo, incentivando sua participação que é enriquecedora para nós, pesquisadores”, salienta.

Dentre os projetos que serão apresentados, Clubinho de Leitura, por Raquel Cristina Baêta; Academicamente, de autoria de Danusa Campos; Descomplicando o Direito Trabalhista, do Pedro Henrique Silva; Barriga Solidária, da professora Priscilla Oliveira e suas alunas Gabrielle Souza e Fernanda Alecrim; são alguns dos destaques.

Ambos os professores são bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Estácio Belo Horizonte (PIBIC). A programação completa e demais trabalhos podem ser conferidos no site https://sepesqi.com/.

Projeto pode mudar panorama da leitura no Brasil

Clubinho de Leitura nasceu do desejo de incentivar a formação de pequenos leitores, contribuindo para mudar uma realidade do Brasil que ainda está longe da ideal. Segundo a última edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro, o brasileiro tem uma média anual de 4,96 livro por habitante, mas somente 2,43 desses livros foram lidos do início ao fim.

O projeto de Raquel Baêta teve início no primeiro semestre de 2021 e, o mais importante, é acessível e gratuito: mediadores de leitura do curso de Pedagogia convidam a comunidade – pais, tutores e crianças e pré-adolescentes de 4 a 13 anos – a participar do clube. A cada roda de conversa, dividida em grupos de pequenos e leitores maiores, que têm mais autonomia, realizada via plataforma Teams, uma obra é escolhida para a leitura, seguida de conversa, compartilhamento de sentimentos, impressões e avaliações.

“No Instagram @clubinhodeleitura1 divulgamos o projeto e todas as atividades relacionadas, como convites para os encontros, votação dos livros e divulgação de resultados. A resposta das crianças tem sido muito positiva, elas saem motivadas. Além disso, os alunos do curso de Pedagogia legitimam a contribuição do projeto para a ampliação da formação. O Clubinho de Leitura é uma das estratégias para envolver os pequenos em práticas com os livros literários, incentivar o gosto pela leitura, bem como proporcionar a formação dos nossos discentes”, salienta Raquel Baêta.

Academicamente coloca as ciências no dia a dia de alunos da rede pública e privada de ensino

A pandemia evidenciou o protagonismo da ciência para o desenvolvimento da humanidade, mas nas escolas o desafio é levar o tema para o cotidiano dos alunos. A docente Danusa Campos partiu de uma dificuldade comum a milhares de estudantes do país para desenvolver o AcademicaMente. O programa tem o objetivo de aproximar jovens do ensino médio e fundamental das Ciências, despertando seu interesse pela disciplina e colaborando para a formação cidadã e individual. No Instagram @aca_demicamente são compartilhadas dicas, curiosidades e experimentos. No ano de 2021, os encontros estão acontecendo de forma remota pela plataforma Teams, sempre aos sábados. Para o ano de 2022, o projeto acontecerá nos laboratórios do campus Floresta da Estácio. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected].

“Por meio de experimentos, os jovens têm a oportunidade de vivenciar de forma significativa a química, física e biologia. As oficinas apresentam temas variados e possibilitam que as turmas sejam bastante diversificadas, com alunos da rede estadual e privada, do 9º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. As vivências são acompanhadas por uma orientadora profissional", detalha Danusa.

Conhecer seus direitos é construir a cidadania

A proposta do professor Pedro Henrique Silva, coordenador do curso de Direito da Estácio Venda Nova, é sair do juridiquês e garantir o acesso de empregadores e trabalhadores às leis trabalhistas. “Descomplicando os Direitos Trabalhistas” leva aos pequenos e médios empresários da região de Venda Nova informação clara, simples e objetiva sobre as leis trabalhistas, diretos e deveres, por meio do Instagram @descomplicandodir.vn.

“O conhecimento sobre os direitos trabalhistas contribui para a construção da cidadania e de uma sociedade mais igualitária em que a valorização do trabalho é um dos pilares da dignidade humana. Nossos alunos também participam do projeto, o que colabora para a sua formação e experiência”, afirma Pedro Henrique.

Barriga solidária no Brasil

O projeto da professora Priscilla Oliveira e suas discentes do curso de Direito, Gabrielle Souza e Fernanda Alecrim, aborda uma temática sensível, que merece mais atenção do poder público, e estimula o debate, qual seja, a gestação de substituição ou conhecida popularmente como barriga solidária e barriga de aluguel. "Autodeterminação corporal nas relações contratuais: útero de substituição e novos direitos privados” trata da validade e eficácia dos contratos de gestação de substituição, compreendendo os limites do vínculo jurídico entre a gestante e os futuros pais da criança a ser gestada. De acordo com Priscilla Oliveira, ainda não existem leis no Brasil que guiem todo o processo da prática, sendo apenas a Resolução n. 2.294/2021 do Conselho Federal de Medicina, de aplicabilidade restrita aos médicos brasileiros, a estabelecer normas éticas aplicáveis aos médicos na realização do procedimento.

“É fundamental considerar nessa relação contratual, independente das disposições da Resolução n. 2.294/2021, pois o projeto de iniciação científica desenvolvido abordou a possibilidade de contratação na modalidade onerosa, e em que pese a questão do parentesco, e por essa razão, no que tange aos requisitos para a prática, é necessário analisar a perspectiva da mulher que irá gerar essa criança, seus direitos subjetivos, sua autonomia para validar em três contratos coligados de gestação de substituição, compreendidos a partir do nosso referencial teórico adotado, conforme proposto pelas professoras Taisa Maria Macena de Lima e Maria de Fátima Freire de Sá: os futuros pais jurídicos e a gestante que vai ceder o útero; os futuros pais jurídicos e o médico ou clínica que vai realizar o procedimento; e por fim, a celebração de um contrato entre a gestante substituta e o médico ou clínica médica”, elucida Priscila Oliveira.

A professora acrescenta que a barriga de aluguel é diferente de barriga solidária. A primeira não é regulamentada por lei no Brasil, sendo apenas a referida Resolução a dispor sobre o procedimento, enquanto que a segunda não pode ser tratada como uma transação comercial e pode ser realizada por parentesco familiar de até 4º grau. “Ainda de acordo com a Resolução, nos casos em que a cedente temporária do útero não tiver ao menos um filho vivo e não pertencer à família de um dos parceiros em parentesco consanguíneo até o quarto grau, a possibilidade de realização do procedimento deverá passar por avaliação e autorização do Conselho Regional de Medicina" pontua.

Breve currículo dos docentes:

Raquel Cristina Baêta Barbosa: graduada em Pedagogia (Universidade Federal de Minas Gerais), especialista em Gestão Educacional (SENAC), Alfabetização e Letramento (CEPEMG), Educação Infantil (CEPEMG), mestrado em Educação (Universidade Federal de Educação) e doutorado em Educação (Universidade Federal de Minas Gerais). Professora da Estácio de Belo Horizonte.

Danusa Campos Teixeira dos Santos: Bacharel em Química pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), especialista profissional em Engenharia de Avaliação Ambiental pela UNICAMP e mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela UFMG. Atua em processos de tratamento de água e efluentes para a remoção de microcontaminantes emergentes e recalcitrantes. Professora da Estácio de Belo Horizonte.

Pedro Henrique Carvalho Silva: Advogado, coordenador do curso de Direito Estácio Belo Horizonte, campus Venda Nova.

Priscilla Jordanne Silva Oliveira: Mestre em Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Especialista em Direito Civil pela PUC Minas. Professora da Estácio de Belo Horizonte.

Serviço:

SEPESQI – Seminário de Extensão Pesquisa e Internacionalização

Data: 03 e 04 de novembro

Horário: Das 8h às 22h20

Inscrições: https://sepesqi.com/inscricoes/ .

 

Foto: Pedro Henrique Carvalho Silva / Divulgação

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