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O mês da Consciência Negra no Memorial Vale

Em novembro, as homenagens do Memorial Vale ao Mês da Consciência Negra começam com a exibição do filme “Minha Raiz”, da cineasta Labibe Araújo e do episódio I da série “Vendedor de Sonhos”, do Coletivo Coisa de Preto e um bate-papo com a cineasta e o educador Henrique Bedetti. A pesquisadora Thaís Tanure, dentro do projeto Novos Pesquisadores do Memorial Vale abrirá a exposição “Vozes Atlânticas” e também fará a palestra “O Degredo dos Escravizados”, para contar o que descobriu em sua pesquisa acadêmica sobre a ação da inquisição portuguesa no Brasil no século XVIII, dando pena de degredo para cidadãos que praticavam atos considerados heresia ou feitiçaria. O destaque da pesquisa é dado para dois africanos escravizados e trazidos para o Brasil – Luzia Pinta e José Francisco – que, por preservarem práticas de sua cultura – benzeções, curas com ervas, entre outras tradições – foram degredados para regiões distantes do Brasil e de sua pátria original.

O Educativo do Memorial também planejou atividades e oficinas para receber os visitantes homenageando a cultura negra, entre elas, a oficina de turbantes e estamparias, a confecção de bonecas abayomi e uma ação com bebês utilizando elementos da cultura afro.

De 7 a 24 de novembro, o Memorial Vale recebe várias atrações dentro do projeto Longeviver, evento cultural focado na terceira idade e realizado pelo Grupo Cultural Meninas de Sinhá. Entre elas estarão oficinas de rede sociais (com Gal Rosa) e de fotos para celular (com Cecília Pedersolli); além de roda de conversa com Roberta Zampetti, Múcio Bolivar e Dona Jandira.

Os concertos da série “Mulheres na Música”, com a curadoria da Orquestra Ouro Preto, nesta edição trazem as cantoras Jurema e Nair de Cândia, acompanhadas ao violão pelo maestro Jaime Alem, na apresentação “Os dias eram assim”, em que fazem um repertório cantado ao longo das décadas de 1960 e 1970, com inspiração na canção “Aos Nossos Filhos”, de Ivan Lins e Vitor Martins.

Um bate-papo seguido de desfile será realizado pelos integrantes do Centro Cultural Lá da Favelinha. Eles apresentarão o Negócio Remexe, que produz moda dentro do Aglomerado da Serra.

E fechando a programação, o grupo cultural “Lavadeiras de Ipoema”, formado por 13 cantadeiras da região de Itabira, irá lançar seu primeiro CD, um álbum que valoriza a ancestralidade dos cantos tradicionais das lavadeiras, e que ressignifica as canções populares.

Nas artes visuais, segue até o dia 3 de novembro a exposição “Bordado em Memórias” de Isabella Brandão. Até 8 de dezembro segue a mostra “O Suor da Testa Mora Dentro dos Marimbondos”, do artista barranqueiro de Pirapora, Davi de Jesus do Nascimento, que tem seu trabalho escolhido dentro da curadoria do Edital Novos Artistas Mineiros do Memorial Vale.

No espaço do Café do Memorial, vale conferir (até o dia 6 de fevereiro de 2020) as belas fotografias da mostra “Urbanus”, de Gustavo Dragunskis e Natália Lima. Eles apresentam inusitados registros de diferentes cidades ao redor do mundo.

Todas as atividades e atrações são gratuitas, sujeitas à lotação das salas. O Memorial Minas Gerais Vale fica na Praça da Liberdade, 640, esq. Gonçalves Dias.

CONFIRA OS DETALHES:

07/11 – MULHERES NA MÚSICA COM JUREMA E NAIR DE CÂNDIA, E JAIME ALEM – COM A CURADORIA DA ORQUESTRA OURO PRETO

No dia 7 de novembro é a vez do concerto da série “Mulheres na Música”, com a curadoria da Orquestra Ouro Preto. Nesta edição, se apresentam as cantoras Jurema e Nair de Cândia, acompanhadas ao violão pelo maestro Jaime Alem, na apresentação “Os dias eram assim”, em que fazem um repertório cantado ao longo das décadas de 1960 e 1970, com inspiração na canção “Aos Nossos Filhos”, de Ivan Lins e Vitor Martins. O evento será quinta-feira, dia 7 de novembro, às 19 horas, com entrada gratuita, sujeita a lotação, com retirada de senhas uma hora antes do evento.

7/11 A 24/11 – LONGEVIVER – SABERES QUE SÓ O TEMPO CONSTRÓI

Atividades voltadas para a terceira idade, programadas pelo Grupo Cultural Meninas de Sinhá. A participação é gratuita, e por ordem de chegada. A proposta do Encontro Longeviver é trazer um novo olhar sobre os idosos que serão mais que espectadores, mas atores primordiais das ações. Com a presença de artistas e oficineiros, serão exaltados os saberes e demonstrado, aos participantes, que, sim, é possível estar ativo e produtivo após os 60 anos. Ao afastar o pensamento antiquado de que “velhice” seria o fim da vida, traz-se à tona um novo conceito em que a idade não deve ser negada, mas sim compreendida. O Longeviver valoriza a autonomia da pessoa idosa e pretende auxiliar na transformação de sua autopercepção em relação às possibilidades de socialização e fruição na cidade. Através dessa ótica, é possível iniciar uma nova forma de aproveitar momentos por meio do exercício do corpo e da mente, da troca de experiências e da valorização de saberes que só o tempo constrói. As atividades seguirão temas distintos de valorização. Mais informações no site www.meninasdesinha.org.br/longeviver .

Confira:

· Dia 7 de novembro, quinta, de 13h às 17 horas – oficina de redes sociais com Gal Rosa. A tecnologia recriou o mundo de forma muito rápida e não deu tempo de todos se adaptarem às suas exigências. Quem chega hoje à fase dos 60+ sabe muito bem disso. É com o objetivo de contribuir para a redução dessa barreira tecnológica que limita tantas relações sociais e a comunicação que a oficina #60+Tech acontece.

· Dia 15 de novembro, sexta, de 13h às 17 horas – produção de fotos pelo celular ou câmera com Cecília Pedersoli. Botando Reparo é uma oficina de fotografia voltada para o público 60+ que quer descobrir a beleza que existe em todo lugar. Usando câmeras de celular vamos registrar juntos descobertas e postar nas redes sociais. A proposta incentiva a observação de elementos básicos no universo da fotografia, como luz e sombra, cor, forma e composição.

· Dia 21 de novembro, quinta, às 19 horas – Espetáculo Seu Geraldo, Voz e Violão com Grupo Pigmaleão. Seu Geraldo é um violeiro e cantor de setenta e três anos. É uma figura singular que gosta de falar com a sua plateia sem barreiras, sobre o assunto que a ocasião mandar. Faz seu show ao lado da namorada Dona Catarina, de oitenta e um anos, e Ana, sua irmã. Os três relembram músicas antigas e sempre surpreendem pela escolha deu seu repertório e pelo teor inesperado até de suas conversas mais triviais. Seriam três idosos como outros tantos, não fossem eles marionetes de fios esculpidas em madeira absolutamente conscientes de que são seres humanos normais com os mesmos direitos e deveres de qualquer cidadão.

· Dia 22 de novembro, sexta, das 16h às 18 horas – Debate sobre Políticas Públicas para Idosos. Em Belo Horizonte, a população idosa já ultrapassa 370 mil pessoas, e, diante dos desafios do crescente envelhecimento da população, faz-se necessário discutir e avaliar políticas públicas promovidas pelas entidades dos executivos Federal, Estadual e Municipal, que buscam garantir um envelhecimento digno. Para debater a política de envelhecimento e analisar a efetividade das ações e medidas executadas, serão convidados membros do poder público municipal e estadual e da sociedade civil, de forma a ampliar o acesso às informações de agendas governamentais e criando condições de maior participação nas discussões e decisões que garantam os direitos fundamentais dos idosos em diversas frentes, como saúde, assistência social, previdência, moradia, transporte, educação, cultura, esporte e lazer.

· Dia 23 de novembro, sábado, das 10h às 12 horas – Roda de Conversa “Meios de Comunicação de ontem e de hoje. Um bate-papo saudoso mas também contemporâneo com Múcio Bolivar, Roberta Zampetti e Vovó Neuza. Intervenção artística com Dona Jandira. Histórias dos meios de comunicação, com imagens ilustrativas dos equipamentos e tecnologias utilizados ao longo do tempo: uma sequência cronológica que discute o avanço do conceito da ação comunicativa e coloca em pauta reflexões sobre as relações sociais de hoje principalmente para o público 60+.

· Dia 23 de novembro, sábado, da 14h às 16 horas – Longeviver para o Futuro. Com Beltrina Corte e Vera Brandão (Portal do Envelhecimetno, SP), e intervenção artística de Ephigênia Lopes (uma das Meninas de Sinhá). Todos querem viver muito e bem! Como fazer frente ao grande desafio do longeviver já que a população com 60 anos é a que mais cresce de modo significativo em todo mundo? Esta é a realidade com a qual nos deparamos cotidianamente. A roda de conversa tem como objetivo partilhar experiências e informações sobre temas variados visando esclarecer dúvidas e ampliar nossos conhecimentos para longeviver com qualidade e apoiar aqueles que já alcançaram esta etapa da existência. Apesar da modernidade e o acesso cada vez mais fácil às informações, percebemos que ainda existem preconceitos e informações desencontradas a respeito desta fase da vida humana. A informação correta e bem fundamentada é a melhor maneira para entender e viver bem esse ‘novo tempo’, e poder apoiar aos que já estão na fase mais avançada.

Foto: Guto Muniz

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