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Mostra CineAfroBH promove sessão de cinema gratuita na Pedreira Padre Lopes

Dando sequência a programação de exibições de filmes produzidos por diretores afro-brasileiros, a Mostra realiza neste sábado (09 de novembro), às 18h, uma sessão gratuita com duas produções nacionais

Criada com o objetivo de difundir e incentivar a produção audiovisual de realizadores afro-brasileiros, a 3ª Mostra CineAfroBH (MCABH) da sequência a programação no mês de novembro com uma sessão gratuita neste sábado (09/10), às 18h, na Pedreira Padre Lopes. Serão exibidos 02 filmes realizados por cineastas afro-brasileiros, que compõe a “Programação Quilombola” da mostra. São eles: “Favela em Diáspora” [Gabriela Matos, 21'56, 2017, MG], e “A Grande Ceia Quilombola” [Rodrigo Sena e Ana Stela, 52`, 2017, MA].

Na obra produzida em Belo Horizonte (MG), moradores do Morro do Papagaio são os protagonistas e relatam, através de suas vivências, como o processo de migração compulsória realizado por um projeto da prefeitura, provocou uma ruptura em suas histórias. Assim, o filme dá voz as memórias de um povo que está á margem do asfalto, mostrando o que resta após uma desapropriação.

Já o documentário maranhense, retrata a história do Quilombo de Damásio, uma terra doada por um senhor de engenho a três de suas escravas e que tem no cultivo e extração parcimoniosa de alimentos a base de uma estrutura social que privilegia o grupo. Parte destes saberes é abordado, mostrando como a comida  tem um papel fundamental na coesão do grupo e nas relações sociais presentes.

A Mostra CineAfroBH, foi criada para ser uma janela de exibição da produção audiovisual mineira e para construir interlocuções e conexões com o cenário cinematográfico nacional. Também tem como característica proporcionar através  de suas sessões uma importante reflexão e diálogo no campo da cultura. Por isso, a  terceira edição da MCABH traz como mote central “Quilombos urbanos, fé e cultura”, com o intuito de refletir coletivamente sobre qual seria a contribuição das tradições e valores culturais existentes nos quilombos e na cultura afro para o que se tornou aquilo que identificamos como cultura brasileira?

“O recorte da Mostra CineAfroBH este ano partiu de um entendimento que a população quilombola no Brasil tem uma contribuição importantíssima para o desenvolvimento da cultura afro-brasileira, mas que até hoje, não tínhamos um evento audiovisual dedicado exclusivamente a está temática em BH. Por isso, também, criamos a programação para que as sessões de rua fossem realizadas em quilombos  urbanos, como fizemos no primeiro semestre, valorizando a resistência histórica, cultural e social destas comunidades”, conta Carem Abreu, cineasta realizadora e curadora da Mostra.

Os 10 filmes da edição de 2019 foram produzidos por realizadores afro-brasileiros, seis de Minas Gerais, e outros quatro são do Rio de Janeiro, Maranhão, Espirito Santo e São Paulo. Os filmes foram agrupados em quatro programações: Quilombola, Religiosidades, Panorama e Resistência e serão exibidos agora em novembro, ao longo das 7 sessões de contrapartida.

A  3ª Mostra CineAfroBH: Quilombos urbanos, fé e cultura é realizada pela produtora audiovisual mineira ATOS Central de Imagens, e conta com os recursos do Fundo Municipal de Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte, Projeto 0171/2017 - FPC-SMC-PBH.

Foto:Divulgação

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