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Mostra inédita no MIS Cine Santa Tereza exalta obras de cineastas da periferia de BH

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, realiza, de 6 a 17 de novembro, no MIS Cine Santa Tereza, a mostra “Periferia Cinema do Mundo”, que traz um panorama inédito da produção audiovisual das favelas e periferias de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Serão exibidos cerca de 50 filmes de mais de 30 realizadores, entre curtas, longas, média-metragens e séries. A programação completa pode ser consultada no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br. Todas as sessões têm entrada gratuita com ingressos distribuídos 30 minutos antes da exibição.

Na programação estão títulos que alcançaram notoriedade no circuito mineiro, nacional e internacional de festivais, angariando prêmios e difundindo a potencialidade universal da arte das periferias brasileiras para outros continentes e também a produção da nova geração. Durante a mostra serão realizados debates, bate-papos, mesas redondas e uma oficina do cineasta brasiliense Adirley Queiroz.

Partindo da premissa do caráter universal das produções audiovisuais realizadas por cineastas da periferia de BH e região metropolitana a Mostra Periferia Cinema do Mundo pretende ser um panorama da cinematografia nascida às margens dos grandes centros e das grandes produções comerciais. Desde a produtora mineira Filmes de Plástico, que tem se destacado internacionalmente, passando pelo cinema-performance de artistas como Paulo Nazareth, Desali e Éberson Martins, as animações surrealistas de Leonardo Cata Preta até longas-metragens recentemente filmados nas comunidades Cabana do Pai Tomás e Pedreira Prado Lopes a mostra reúne exclusivamente realizadores oriundos ou que vivenciam o cotidiano periférico e favelado.

Para Siomara Faria, gestora do Museu da Imagem e do Som e coordenadora da Mostra, há hoje um deslocamento do cinema da periferia para o centro, que vem colocando em cena experiências e olhares não hegemônicos. “Não se trata de entender esses filmes como produções que estão à margem do circuito, mas sim como obras que figuram hoje no centro das discussões cinematográficas, tanto pela atenção e prêmios que vêm conquistando no mundo todo, quanto por suas singularidades e potencialidades. E é este movimento que a Mostra Periferia Cinema do Mundo acolhe”, completa.

Segundo César Gilcevi, curador da mostra, a intenção é que o projeto seja anual, com ampliação nacional nas próximas edições. “Hoje em dia o cinema brasileiro mais potente e universal tem sido feito nas periferias. O moleque da quebrada filma com um celular na mão e várias ideias na cabeça. Leva pra tela o seu universo particular que é o mesmo de qualquer favela, seja ela tupiniquim, da Europa ou da Índia”, destaca.

Nos dias 8 e 9 de novembro a mostra contará com participação do cineasta brasiliense Adirley Queiroz que minstrará a oficina “Construção do espaço fílmico através da interação do território com a experiência da memória”.

Foto:Divulgação

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