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Fab Palladino no show 'Todo Mundo é o Centro do Universo'

Fab Palladino, artista com 5 álbuns gravados, apresenta o show 'Todo Mundo é o Centro do Universo' no Ataíde Ócios e Ofícios, av. José Cândido da Silveira, 853, Cidade Nova.

Já dizia Guilherme Arantes, na voz de Maria Bethania em ‘Brincar de Viver’ que “ninguém é o centro do universo”(…) Lá se vão mais de 35 anos… O que aconteceu de lá para cá para que Fab Palladino possa afirmar justamente o contrário? Que todo mundo é o centro do universo? Não soaria egocêntrica a afirmação em tempos de altruísmo e causas sociais? Exatamente o contrário!

Ao ficar no palco sozinho com o seu violão, Fab retorna ao formato que estreou pela 1a vez no show ‘Folk Ambient Surrealismo Fantástico’ de 97, onde misturava ambiências em ‘Operações de Chance’ (Chance Operations) à la John Cage. Ainda em 2005, apresentava o show ‘Fluxum, o fluxo das emoções’, junto a Luciano Soares no violão. Era o performer inquieto a mexer com as pessoas no metrô.

Fab começou vocalista nas bandas Eclipse e Happa nos anos 80, passando logo a assumir as guitarras nos anos 90 no Decadent Mozarts, violão em União dos Povos, antes de se assumir Fab Palladino, artista solo. Vieram os shows ‘Folk Ambient Surrealismo Fantástico’ de 1997, o show ‘Che Eletrônico’ em 2000, o Movimento Sem-Palco, a matéria na Revista Caros Amigos- set - 2000. O primeiro disco FP1 saí em 2003 com duas músicas em 1o e 2o lugar na parada da Trama Virtual (da gravadora Trama): “Remember Love e “O Che Vive!”. Se apresenta no Sesc Pompéia em SP em 2004. 2005, ‘Fluxum, o fluxo das emoções’. 2006, lança a canção ‘Eu não me adapto, eu transformo’, um rap que mistura Glauber Rocha e Pablo Neruda. Em 2009 com o show ‘Deixe o Rock Fluir’ lança os álbuns ‘Cheguei até aqui chorando, mas vou seguir sorrindo’ e ‘Universal Palladino’. Em 2012 lança uma coletânea de seus melhores momentos e uma inédita ‘Quem Julga não Conhece o Amor’. Em 2014 lança ‘O que é Real/What’s Real’, um álbum em parceria com sua filha Ana Cândida – um falso disco infantil. Um disco para a criança que vive escondida dentro de nós. Realiza o video-clip ‘Por Favor’ que utiliza crianças usando sinais de Libras. Em 2015 entra para a Rede Minas, onde dirige a série Humanidades (sobre filosofia) e apresenta o programa Depois é Nunca, que radicaliza a relação entre audio-visual e música, com um toque de humor e auto-ironia, além de compor trilhas sonoras.

Entre bandas e experimentos eletrônicos, o ato de se despir e tocar apenas um violão é um ato de coragem. Fab despe os arranjos de canções densas como ‘As Estrelas’ (feita em homenagem a Elis Regina) e ‘Eu Não Sei’ de FP1 e apresenta canções novas como ‘Amor Natural Destrói Inteligência Artificial’ e ‘As Pessoas são Crueis’ que fazem parte da série Humanidades.

Sendo o centro de seu universo, ele convida a todos a serem o centro de seus próprios universos, num tipo de sintonia onde só a verdadeira arte, sendo menos, pode ser muito mais.

A fragilidade emocional de canções com ‘Doido Verdade’, antes um rock’n roll apocalíptico envolto em eletro-paisagem sonora, agora assume ares confessionais. ‘Os Muros do Universo’, uma canção do álbum ‘Universal Palladino’ de 2009, se junta à pegada cósmica do novo show, agora em síncopes e silêncios, familiares mas também estranhos à Bossa-Nova e vocais que evocam uma proximidade aos cantores árabes e aos cantores Khyal.

Temas instrumentais como ‘O Sol’ e ‘Anamika’ levam ainda adiante o vácuo quântico entre artista e plateia: nada de palavras, apenas sons. Que todos ocupem seus lugares numa não-localidade, um novo lugar habitado apenas pelo coração.

Foto:Divulgação

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