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A música de um Brasil “profundo”, tendo como âncora a produção de alguns dos grandes nomes do cancioneiro popular nordestino, será o fio condutor do novo espetáculo do Projeto Mano a Mano, a ser realizado no dia 23 de novembro, sábado, às 21h, no teatro do Centro Cultural Minas Tênis Clube. No palco, Lenine, Dudu do Cavaco e Orquestra de Câmara Sesiminas homenagearão a obra de ícones como Sivuca, Hermeto Paschoal, Dorival Caymmi, Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga – os dois últimos completando, respectivamente, centenário de nascimento e 30 anos de morte. Os ingressos já estão à venda nas bilheterias do teatro e no site eventim.com.br, com preços que variam de R$ 15 (meia) a R$ 30 (inteira). A apresentação tem caráter beneficente e visa arrecadar recursos para manutenção e ampliação das ações do Instituto Mano Down.

Sobre o show

A concepção e direção artística do projeto e do show são assinadas por Pedrinho Alves Madeira. A cenografia é de Miriam Menezes; Jésus Lataliza e Marina Arthuzzi respondem pelo desenho de luz do espetáculo.

Na apresentação, Lenine estará acompanhado pelo baterista Pantico Rocha e Dudu do Cavaco pelo professor Hudson Brasil. Já a regência da Orquestra de Câmara Sesiminas ficará a cargo do maestro Felipe Vasconcelos Magalhães. O show será dividido em três blocos, sendo que no primeiro, Lenine e Dudu do Cavaco, juntos ou se revezando, passearão por composições de Luiz Gonzaga (Asa Branca) e Dorival Caymmi (Maracangalha e Marina), além de duas canções do repertório do próprio Lenine (Paciência e Simples Assim).

No segundo bloco, a Orquestra Sesiminas comanda a parte instrumental, mantendo o conceito do show, mas agregando nomes eruditos como Claudio Santoro, Guerra Peixe Ernani Aguiar e Villa Lobos, além de Sivuca, Hermeto Paschoal, Gonzagão e Targino Gondim. Na terceira e última parte, Lenine e Orquestra brindam o público com alguns sucessos do cantor pernambucano, entre outras surpresas.

Sobre o projeto

O projeto Mano a Mano é realizado pelo Instituto Mano Down e conta com patrocínio do Instituto CCR, viabilizado por meio de recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Segundo o presidente e fundador do Instituto Mano Down, Leonardo Gontijo, o objetivo do projeto, além do caráter beneficente, é desmistificar a crença de que pessoas com Down ou outras deficiências são menos capazes. “Queremos inspirá-las e motivá-las a vencerem seus medos e limitações. Através do protagonismo de um músico com Síndrome de Down (Dudu do Cavaco), tocando num palco com grandes artistas, queremos provar que é preciso apenas dar oportunidade e estimular, para que todos tenham possibilidade de descobrir suas aptidões, desenvolver suas habilidades, talentos e realizar seus sonhos, sem vitimismo”, salienta.

Este é o segundo ano de realização do Mano a Mano. Em 2018, a cantora convidada foi Mônica Salmaso. No primeiro show de 2019, realizado em julho, o projeto recebeu a cantora Zélia Duncan.

Sobre o Instituto Mano Down

O Instituto Mano Down nasceu da idealização de sonhos de um grupo de pessoas que, acreditando nas capacidades das pessoas com síndrome de Down, pensaram que poderiam agir e oferecer a essas pessoas, oportunidades de serem protagonistas de suas histórias. A iniciativa teve início em 2010, por Leonardo Gontijo, com o objetivo de dar vez e voz para as pessoas com Síndrome de Down.

Depois de publicar dois livros para o irmão, Dudu do Cavaco, e de juntos palestrarem por várias regiões do Brasil – levando informações, orientações e perspectivas para as pessoas, Leonardo Gontijo oficializou o Estatuto do Instituto Mano Down em novembro de 2015, ampliando a sua atuação para projetos de socialização, desenvolvimento potencializado, mobilização para autonomia e inserção no mercado de trabalho.

Foto: Denilson Cardoso