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SEMINÁRIO SOBRE CIDADES E O SAGRADO DOS POVOS TRADICIONAIS É DESTAQUE DO FAN-BH

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, da Fundação Municipal de Cultura e da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, realiza o Seminário “As cidades e o sagrado dos povos tradicionais: território, identidades e práticas culturais”, que terá em sua programação mesas de debates, vivências e painel de experiências nos dias 21 e 22 de novembro, no Centro Cultural da UFMG. No dia 23 de novembro acontece a Pisada de Caboclo no Parque Lagoa do Nado – Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional. Todas as atividades serão gratuitas. As inscrições para as atividades realizadas no Centro Cultural da UFMG devem ser feitas no endereço www.fan.pbh.gov.br/seminario.

O Seminário aborda, inicialmente, a discussão sobre a dificuldade das comunidades tradicionais indígenas e de terreiro no acesso às plantas utilizadas em suas práticas culturais, tomando como base para a discussão a abordagem etnobotânica. Colocam-se também como temas de discussão as práticas culturais indígenas e de terreiro no meio urbano, a promoção do diálogo entre os diversos grupos sociais nesses territórios e a confluência de saberes para criar novas formas de conviver e compartilhar as áreas verdes da cidade.

Serão objetos de discussão do Seminário: como estabelecer mecanismos e instrumentos que salvaguardem as práticas culturais indígenas e de terreiro no meio urbano? Como promover o diálogo necessário entre os diversos grupos sociais que dão aos territórios sentidos e apropriações diversas? Como promover a confluência de saberes capazes de produzir novos conhecimentos e novas formas de conviver e compartilhar as áreas verdes da cidade?

Com isso destaca-se não só a importância em si desses saberes, mas também a sua condição de memória a ser referenciada e incentivada como parte integrante da história de nossa população.

O Seminário faz parte do projeto “Jardins do Sagrado, Cultivando Insabas que Curam”, que integra a Política de Patrimônio Cultural do Município e busca proteger, divulgar e apoiar os saberes ancestrais dos povos tradicionais na utilização cultural das plantas. 

Segundo Juca Ferreira, Secretário Municipal de Cultura, “a Prefeitura pretende dar visibilidade às tradições afrobrasileiras e indígenas, compreendendo que uma cidade plural respeita e promove o diálogo, a troca e a interação entre saberes e memórias diversas. Ao mesmo tempo, busca garantir a preservação das memórias, dos símbolos e das narrativas dos grupos humanos, incluindo os que são secundarizados ou colocados à margem na história das cidades”.

Segundo a presidenta da Fundação Municipal de Cultura, Fabíola Moulin, a realização do Seminário “As Cidades e o Sagrado dos Povos Tradicionais: território, identidades e práticas culturais” na programação do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte (FAN-BH) vem potencializar ainda mais as políticas públicas para a cidade voltadas ao patrimônio e à igualdade racial.

“O projeto ‘Jardins do Sagrado, cultivando insabas que curam’ é uma ação que amplia e fortalece a política de salvaguarda do patrimônio imaterial de Belo Horizonte. Já o FAN-BH é um festival que tem como foco as contribuições de matrizes africanas e das diásporas na formação da cultura brasileira. Esse encontro é espaço fundamental para as discussões propostas e para a afirmação, a valorização e a celebração das manifestações tradicionais”, afirma.

Foto:Ricardo Laf

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